
Pensemos no metrô: desde que ocorreu a privatização, houve a ampliação tanto na zona sul quanto em direção a baixada fluminense, fora a integração via ônibus expresso. Tudo isso acarretou um aumento expressivo do número de frenquentadores diários desse transporte. Segundo estatísticas do próprio metrô, antes da ampliação circulavam diariamente 80 mil pessoas, hoje, mais de 200 mil pessoas todos os dias. O preço da passagem não para de aumentar, porém, quantos carros novos a empresa que administra o metrô colocou para nossa disposição? Nenhum. Ou seja, lucros exorbitantes e respeito zero com o cidadão. E nós, povo dócil, despreocupados, com muitas coisas pra fazer da vida, aceitamos voltar pacificamente para casa, como sardinhas enlatadas, muitas vezes esperando dois ou três trens pra conseguir entrar dependendo da estação, tamanha a lotação. Fora que o ar condicionado, obviamente nesse calor infernal, não dá vazão.

Passando para o ônibus. Ou melhor, antes, analisando a mentalidade do empresário brasileiro, aquela mescla da mentalidade oligárquica com empreendedor terceiro mundista , que nunca soube o que é interesse público, e obviamente só pensa no lucro a custa do bem estar da população e ainda conta com aval do prefeito e do governador que tem rabo preso com eles. Acabo tendo que concordar com meu amigo Thiago que diz que ao Brasil faltou um Napoleão!
Enfim, a situação dos ônibus do rio de janeiro é a seguite: Eles estão diminuindo o tamanho dos ônibus, obviamente não são altruístas ao ponto de fazerem isso pensando no humilde cidadão carioca, mas sim para implementar uma reestruturação que promove a demissão dos trocadores, sobrecarrega os motoristas, que passam a acumular duas funções e aumentam consequentemente os lucros. Assim como o metrô, o número de ônibus não aumenta. Logo, o cidadão como eu e você, dependentes de ônibus para ir para casa, paga caro, fica numa situação extremamente incômoda esperando o motorista sobrecarregado dar seu troco, balançando pra lá e pra cá. Depois, vai em pé, num ônibus superlotado, num calor insuportável. No meu caso, que dependo da linha 234, a situação é pior. Pois este ônibus custa 2,80, pois alega-se que subir o alto da boa vista sobrecarrega e ainda por cima tem ar-condicionado. Só que eu pago 2,80, o ar não dá vazão, eu não consigo sequer ultrapassar a roleta de tão cheio que está, mas vida que segue. Está tudo normal.
Quando morei no Porto em Portugal, na primeira reforma nos ônibus, que diga-se de passagem é municipal e acarretou numa piora significativa, houve greve de passageiros e eles foram obrigados a retroceder. Na França, jamais aceitariam algo do gênero. Mas aqui, pode-se tudo. Viva o lucro, foda-se o povo.
ps: Essa raiva é justificada porque além de ter enfrentado um ônibus lotado num calor infernal, ainda fui obrigado a escutar um babaca ouvindo mp3 no celular nas alturas tocando o acústico da Ana Carolina. Aí dá vontade de se matar!


Passando para o ônibus. Ou melhor, antes, analisando a mentalidade do empresário brasileiro, aquela mescla da mentalidade oligárquica com empreendedor terceiro mundista , que nunca soube o que é interesse público, e obviamente só pensa no lucro a custa do bem estar da população e ainda conta com aval do prefeito e do governador que tem rabo preso com eles. Acabo tendo que concordar com meu amigo Thiago que diz que ao Brasil faltou um Napoleão!
Enfim, a situação dos ônibus do rio de janeiro é a seguite: Eles estão diminuindo o tamanho dos ônibus, obviamente não são altruístas ao ponto de fazerem isso pensando no humilde cidadão carioca, mas sim para implementar uma reestruturação que promove a demissão dos trocadores, sobrecarrega os motoristas, que passam a acumular duas funções e aumentam consequentemente os lucros. Assim como o metrô, o número de ônibus não aumenta. Logo, o cidadão como eu e você, dependentes de ônibus para ir para casa, paga caro, fica numa situação extremamente incômoda esperando o motorista sobrecarregado dar seu troco, balançando pra lá e pra cá. Depois, vai em pé, num ônibus superlotado, num calor insuportável. No meu caso, que dependo da linha 234, a situação é pior. Pois este ônibus custa 2,80, pois alega-se que subir o alto da boa vista sobrecarrega e ainda por cima tem ar-condicionado. Só que eu pago 2,80, o ar não dá vazão, eu não consigo sequer ultrapassar a roleta de tão cheio que está, mas vida que segue. Está tudo normal.
Quando morei no Porto em Portugal, na primeira reforma nos ônibus, que diga-se de passagem é municipal e acarretou numa piora significativa, houve greve de passageiros e eles foram obrigados a retroceder. Na França, jamais aceitariam algo do gênero. Mas aqui, pode-se tudo. Viva o lucro, foda-se o povo.

ps: Essa raiva é justificada porque além de ter enfrentado um ônibus lotado num calor infernal, ainda fui obrigado a escutar um babaca ouvindo mp3 no celular nas alturas tocando o acústico da Ana Carolina. Aí dá vontade de se matar!

11 comentários:
Pois é, no final quem tem alguma grana acaba comprando um carro por mais fodido que seja, o que piora o trânsito, se estressando mais e fazendo com quem pegue ônibus demore mais. O bom mesmo é bicicleta.
E quanto ao celular, poderia ser pior, sempre que eu pego ônibus, vou ouvindo funk alheio.
abraço, cara.
HAHAHAHA ana carolina ainda foi bom perto dos funks que eu ouço dessa forma. ;P beijosss. postei no meu blog!
è isso aí..um vendedor de flores...
porra cara, vc ja escreveu um artigo identico um tempo atras...
falta napoleão, jacobinos, Stalin e o cacete nessa terra de malboro
Thiago, o diferencial desse post foi a Ana Carolina! Aliás, eu ainda preferiria um funk boladão do que "um vendedor de flores ensina seus filhos a escolher seus amores"..
Este tema, ja foi abordado outras duas vezes. Ambas no mês de outubro passado (logo outubro...mês tão bonito)
Foram os respectivos artigos
"Protesto a merda jovem de todos os dias"
e "Plyboy favelado"
...o primeiro escrito pelo mesmo irritadinho q escreveu esse ai de cima e o segundo um artigo preconceituoso de minha parte (não tiro uma palavra aliás) quem tiver curiosidade pode procurar...
e porra vamos criar um movimento anti-transporte-discoteca...anti-celularmicrosystem e etc????
isso é falta de civilidade...
Carissima Nati, finalmente nos dá a honra e o prazer de comparecer verbalmente neste blog...ao contrário da persefone morrison que so fuxica(xiii)...
bem vinda ,volte sempre...
aliás te peço aqui caso leia, pedirei pessoalmente mais tarde..vc e o gui escrevam um artigo com as letras mais escrotas da MPB...por favor...eu adorei aquela do Djavan tentando ser paulo leminski...do elevador elevar a dor e etc
eu sempre odiei o Djavan e sofri rejeições por isso..
PS: eu gosto da versão original de o vendedor de flores...pronto falei
Ah thiago, mas a do elevador é da caríssima mencionada no post! E o pior de tudo é que sou julgada como o ápice do azedume por ironizar as letras dela..Eu até não nego que no primeiro cd dela eu sambei alguns sambas que nunca foram poéticos mas que eram divertidos. Mas quando ela começou a dizer que "sobe bem alto pra gritar que é amor e vai de escada pra elevar a dor" ganhou minha antipatia..Quanto ao Djavan, eu só comecei a falar mal agora. Afinal, se eu já sou o chorume do azedume por falar mal da Ana, o que dirão quando eu falar mal do Djavan! hahaha Mas verdade seja dita, ele até tem o meu respeito por causa da minha infância...Quanto À proposta, eu topo! MAs tem que ser num domingo ao som do fantástico ou numa segunda-feira bem ensolarada durante o "Mais você" pra ser bem azedo o post! Vai perder leitores de tanta amargura hehehe
ui..parágrafo zero..
Puta que pariu...a do elevador e da Ana carolina? Realmente tenho q voltar a ouvir rádio..to por fora...tinha certeza que era do pentelho do pai do jorge vercilo...
que azedume que nada, se sua ironia é azedume eu já estou estragado a muito tempo...encarar a escrotidão poética de massa da MPB é uma arte...proposta tá feita...não vamos perder nenhum leitor eu garanto
"se sua ironia é azedume eu já estou estragado a muito tempo"
eta frase mal feita
se ironia for azedume eu já estária estragado faz tempo
melhor assim...não?
MUNCH É FODA,SEM MAIS.
Mas que adeptos ferrenhos do individualismo solitário vocês são!! Ao invés de exaltarem e aproveitar a troca de sons e cheiros nos transportes públicos, ficam erguendo bandeiras anti-liberdade sonora de expressão!
PS.: não gosto do Djavan, e da Ana Carol nem se fala.
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