31 de outubro de 2008

Dig Out Your Soul

Is it my imagination

Or have I finally found something worth living for?



Éramos três amigos, em uma noite qualquer de outubro. A ansiedade era grande, desde à tarde, quando um dos três alardeou que tinha baixado o novo cd do Oasis pela internet.Sentados na cama, juntos para uma primeira audição. Um frio na barriga me lembrava um mês qualquer de 1997. Where were you while we were getting high?


Em uma tarde qualquer de 1997, pelas ondas de uma FM qualquer, tomo uma porrada que nunca mais iria esquecer. O Oasis para mim fundamentou a postura que deveríamos tomar naquele fim dos anos 90. O muro tinha caído, o grunge tinha nos deprimido, sem futuro? FODA-SE. “Tonight, I'm a rock 'n' roll star” O Oasis era (é) arrogante, metido e pedante. Sim! Por isso é bom, ele botou pra fuder novamente, nada de complicações, nada de firulas. Era o bom e velho rockn roll. D'You Know What I Mean?

Ser fã do Oasis é ser louco, é não ser blasé, é estar em uma boate moderninha onde todos fazem tipo e por loucura do DJ quando soar o primeiro acorde de Live Forever, você não pensar duas vezes em abraçar seu amigo mais próximo e pular, gritar como se não houvesse amanhã. Maybe I just want to flyI want to live, I don't want to die.

Abra os braços, grite fucking Yeahh..eles voltaram, voltaram com tudo, DIG OUT YOUR SOUL. Vocês estão prontos para começar uma revolução a partir de sua cama. Novamente?


Cheers


29 de outubro de 2008

Protesto- A merda jovem de todos os dias

Partindo de um fato claro que uma porcentagem ínfima da população brasileira tem acesso a universidade pública, deveria ser "natural" que o indivíduo privilegiado com uma vaga nas prestigiosas instituições de ensino superior de nosso país fossem no mínimo educados, até porque cultos já seria pedir demais. Pois bem, estava eu nas barcas, doido para tirar uma sonequinha na hora do almoço, depois de ter andado no aterro do flamengo para comprar ingresso para o jogo do vasco(paradoxo bonito esse!) ao meio dia e não ter conseguido, diga-se de passagem, inclusive agradeço ao jornal o globo por essa informação errada, mas enfim, quando senta atrás de mim um estudante universitário, pega seu belo celular, provavelmente nos dias de hoje, um apêndice corporal sem a qual o ser humano pós moderno não vive, e simplesmente numa transmutação da funcionalidade do telefone que foi até os dias de hoje ligar, coloca uma música altíssima, para todos ouvirem o que ele está ouvindo, num completo desprezo por aqueles que não gostam de musica, ou do genero que ele colocou, ou simplestmente que amam música como eu mas que querem ler ou dormir!!!! Isso obviamente não foi a primeira vez, nem a segunda, mas me espanta por ser praticado por pessoas cunhadas na cidadania (nada muito auspicioso na minha concepção mas deixa...). E o pior não é isso, mas sim constatar uma coisa que a muito venho percebendo que é o fato de que um segmento jovem não consegue mais apreciar o som dos instrumentos musicais na sua crueza, pois as musicas chicletes da mpb sempre tocam nessas radios jovens revestidas de uma batida eletrônica que destrói a cadência da original, por sinal, a música que tocou no trajeto foi uma nova da Vanessa da Matta que é lentinha, até bonitinha, mas não é que botaram um batidão em cima dela?! Obviamente ficou uma merda, mas como é costume nos dias de hoje, uma grande merda jovem!

27 de outubro de 2008

OASIS DAY

Oasis day e os loucos fãs do Oasis. Inclusive um dos saqueadores de vento, escondido na fila aparecendo de leve no fundo.


24 de outubro de 2008

A volta dos que não foram...

O antigo presidente da Reserva Federal norte-americana Alan Greenspan reconheceu ontem, numa audição no Congresso, que falhou na regulação do sistema financeiro. "Cometi um erro ao confiar que o livre mercado pode regular-se a si próprio sem a supervisão da administração", afirmou o homem que esteve 18 anos ao comando da Fed.
Piadinha infame:
Pois é, depois do muro de Berlim cair, agora é a vez de Wall Street.
E agora Fukuyama? A história pode chegar ao fim duas vezes? O que fazer?

22 de outubro de 2008

Seja um vencedor....

Eu recebi essa pérola por e-mail e não resisti em publicar. A entrevista era muito grande, mas a apresentação já basta. Esse texto me trouxe duas questões:
1) Eu pensava que todo mundo sabia que o inconsciente influenciava na vida das pessoas, se soubesse que era uma novidade já tinha escrito um livro.
2) Dependendo da formação dada pelos pais a pessoa está mais apta ou não para assumir um cargo, segundo o multi-especialista. Pergunto: Você contrataria o filho de um especialista que tem mais de 20 mil horas de modificação de adultos?




Empresário, empreendedor, professor, psicólogo, orientador, consultor. Luiz Fernando Garcia tem muito de todos esses perfis. Especialista em comportamento humano, ele realiza um trabalho tão inusitado quanto interessante e eficaz de psicodinâmica aplicada aos negócios.
Possui 20 mil horas de aplicação comportamental, trabalhando com modificação de adultos – "não com motivação, mas com grandes intervenções de longa duração (dois, três anos)" -, reunindo um conhecimento bastante incomum: psicanálise, psicologia, comportamentalismo, qualidade administrativa e consultoria empresarial. "Antes de tudo, eu sou um empresário", diz ele.

Fez parte da equipe de orientadores e consultores do programa de alto impacto chamado Empretec, desenvolvido pela ONU - Organização das Nações Unidas, que no Brasil é de responsabilidade do Sebrae.
"Percebi que esses treinamentos de alto impacto para algumas pessoas davam muito certo, já para outras... Às vezes, as levavam a surtos psicóticos (risos). Isso me levou a estudar e depois a entender mais da ciência do comportamento, o quanto o biopsicosocial de cada um altera tudo."
A partir dessa compreensão, promoveu 1.200 entrevistas com empresários – o que deu origem ao livro "Pessoas de Resultado", Editora Gente - e concluiu que características como falta de visão e/ou falta de tomada de decisão, por exemplo, têm diretamente relação com o ambiente de criação das pessoas. "O jeito que o pai age, o jeito que a mãe age... Isso diferencia tudo."
Aprofundou-se no tema, ganhou certificações internacionais, criou técnicas e formatos que aproximam ciência do comportamento e business. Fundou a Render Capacitação, que trabalha diretamente com líderes e empresários por meio de workshops, palestras e GDs ("Grupos Dirigidos: de empresários e profissionais envolvidos com o ambiente de negócios juntos, durante 14 meses, com o propósito de adicionar a idéia da psicodinâmica ao cotidiano das empresas") e, assim, já atendeu quase 4 mil empresas e cerca de mil empresários e líderes.


Tantas experiências também foram transformadas em livros. Em 2006, escreveu "Gente que Faz" e agora, neste mês de outubro, lança "O Inconsciente na sua Vida Profissional", ambos também da Editora Gente. Neste último, relata histórias de donos de empresas que são bem-sucedidos e também dos que não conseguiram ter um estabelecimento sólido, deixando claro que, seja no sucesso ou no fracasso, o inconsciente atua invariavelmente.

17 de outubro de 2008

KRAMER X KRAMER

Polícia!
Para quem precisa
Polícia!
Para quem precisa
De polícia...

Fim de tarde nesta quinta-feira e finalmente o cara lá de cima resolve desligar o aquecedor.

Caminho tranqüilamente pelas vielas do gragoatá, em Nikiti, quando uma tv ligada mostra uma cena que parecia ser de guerra. Policiais arremessando bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e largando o dedo nas balas de borracha. Ainda de longe penso ser uma repressão qualquer, contra uma manifestação qualquer em um lugar qualquer. Aproximo-me, e vejo a legenda: Confronto entre policiais em SP. Não acredito, é o mundo se acabando. Policiais Civis, fazendo greve, saíram as ruas protestando (armados!) e entraram em confronto com a Policia Militar. KRAMER X KRAMER...Que loucura. Surrealismo perde.
1) exigir seus direitos e mais do que aceitável, com a arma na cintura não, pois deixa de ser manifestação para der coerção!
2)Porque ainda em Pindorama nós temos essa palhaçada que policia civil, policia militar, guarda municipal, guarda de trânsito, milícia...Porra, porque não unifica, policia nacional e pronto...Acaba com isso.
3)Até quando servidores da maior importância, como os policiais, médicos e professores vão continuar desvalorizados, com salários medíocres. Isso serve para os governos de todos os partidos.
4)Até quando essas porras de sindicatos vão mandar nos trabalhadores...Pelegos de merda.

E o senhor Serra hein, querendo tirar o seu da reta, culpando o PT da mobilização. Fala sério!!!!

15 de outubro de 2008

Rio 40º graus

Por favor, caso você conheça o zelador dessa joça, implore que ele desligue o aquecedor porque eu estou querendo viver de forma digna! valeu ?


"The summer sun
That blows my mind..."

10 de outubro de 2008

O artista intenso por Xico Sá

Lindo texto do grande Xico Sá , copiado do seu Blog O Carapuceiro, que cai como uma luva na nossa série de "tipos sociais" não me processem por favor...


TEATRO, TU ÉS PURO TEATRO

D´onde tratamos do ator intenso, da atriz intensa, intensíssima. Do tipo que diz, durante o nhoque-permuta no restaurante, depois de mais um Rei Lear: “Eu respiro teatro”. Ao avistar um conhecido, alardeia, quebrando o sossego do recinto: “Ah, você ainda não foi me ver?!” O ator/atriz intensos não acreditam que uma só criatura possa deixar de vê-los em cena, embora a bilheteria muitas vezes teime em desapontá-los. Como ousam deixar de nos ver? Como irão passar sem aquela montagem imperdível de um Eurípedes, de um Ibsen, de um Tchecov, de um Shakespeare?...

Clássico é clássico e vice-versa

É, o artista intenso, esse animal dramático por excelência, não se envolve com qualquer comediazinha caça-níquel da praça. Nécaras. Para este tipo de gênio, só vale uma lei: “Clássico é clássico e vice-versa”, como na boutade ludopédica do atacante Jardel. O ator/atriz intensos guardam sempre um ar solene, um conteúdo na linha “vidas passadas”. São sempre uns elisabetanos do século XV, estão sempre em Corinto, há milhões de anos atrás, vivem sempre na Grécia, zilhões de séculos a.C. –antes da “Caras”.

A fêmea trágica e intensa

A atriz intensa costuma ser mais intensa ainda que o ator intenso. Queda que as fêmeas têm para a tragédia, especula-se. Em compensação, o macho-dramaticus é mais histérico na sua intensidade. Tudo o perturba, desconcentra –principalmente o ronco emitido pelo convidado VIP que sofre de apnéia na primeira fila. O macho é mais estressadinho, cheio de nove-horas e não-me-toques. Carrega essa tensão para o palco mesmo quando na pele de um patafisico Ubu Rei. É incapaz de compreender o paradoxo do comediante, como debocharia o camarada Diderot.

O macho intenso e a estética do cachecol

O macho enquanto ator intenso vive de cachecol em todos os lugares por anda. Sempre com o pescoço envolto por aquela estranha rodilha. E, reparem, ele sempre está ajustando o cachecol ao gogó, impaciente e bufando queixas contra os seus semelhantes mais intensos ainda, contra o público despreparado para a sua grande arte, contra a política de incentivos fiscais, contra o sucesso fácil dos outros...

Dramaturgia sem botox

A fêmea intensa, com suas encantadoras olheiras, veste-se muito bem. Com um rápido pendor para o gótico simplificado, além dos adereços, anéis e brincos, agressivos no ponto certo. Jamais fará botox, para não matar a crueldade da Medéia que mora nos arredores dos seus olhos.

100% Hamlet

Todos os atores intensos e de cachecol querem mesmo é ser Hamlet. Assim como as fêmeas na pele de atrizes intensas serão todas intensíssimas Medéias.

Mas como não tem vaga de Hamlet ou de Medéias para todo mundo, certamente muitos acabarão na novela das 8, quando estarão muito mais simpáticos e trocarão, finalmente, o “conteúdo vidas passadas” por belas cenas de merchandising –todas sob rigorosa marcação brechtiana. Bravos, bravíssimos! Melhor que o Irajá... E com a vantagem de trocar a porca miséria do obrigatório jantar-permuta na cantina decadente por um Gero, um Carlota, um noite à champanhota no Spot...

Desce o pano!

9 de outubro de 2008

Cadela Perua

Ela é a cadela da perua. Vive pelas ruas do Rio rebolando seu popozinho. Sempre bem vestida, habitualmente usa calça legging pois precisa manter a forma. E muito bem cuidada, sempre bem alimentada, porém a cadela da perua sempre deixa seus predicados pelo chão. Mas não é culpa da cadela, coitada, ela não pode fazer tudo sozinha, não foi educada para isso. A cadela normalmente é poodle ,a perua normalmente é fútil, mas tanto a cadela da perua, quanto a perua cadela, passam suas vagas horas a merdar nossos já cagados caminhos.

Playboy Favelado

Eu o chamo de playboy-favelado, mas a ordem dos fatores não altera o produto. Normalmente ele utiliza transporte público, mas já foi visto em versão motorizada. Sua arma é um aparelho celular que não conformado com sua função básica de realizar telefonemas, tira onda de rádio. Fazendo uso de sua arma, o meliante se acha no direito de obrigar os demais cidadãos a escutar sua música em alto volume. Alguém poderia avisar ao nobre playboy-favelado, que transporte público não é boate e ele muito menos é DJ. A seleção de músicas, sempre é a mesma, o que caracteriza um habitus, logo, uma classe, um tipo social. Do batidão ao hip-hop, do proibidão ao super exposto, dos gritos histéricos do MC catra até a voz insurportavelmente melosa do Sean Kingston. Porque você playboy-favelado, não guarda seu péssimo gosto para si, assim como seus musculosos trabalhados nas numerosas horas vagas. Bote a camisa, mantenha o respeito, seja civilizado, meu ouvido não é pinico, cada um no seu quadrado.

ps: A palavra favelado, não se refere as pessoas civilizadas que moram nas favelas, mas sim as vítimas do falta de inserção do Estado de direito em nosso país, e sua vergonhosa situação educacional. E isto vai desde as favela, o subúrbio, passando pelos condomínios penitenciários da Barra da Tijuca até os lançadores de ovos das coberturas da zona sul.

7 de outubro de 2008

Em terra de cego...

LISBOA, Agência EFE - O escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura de 1998, diminuiu a importância do boicote da Federação Nacional de Cegos (NFB) norte-americana ao filme "Ensaio sobre a cegueira", baseado em seu livro homônimo.
Estréia de 'Ensaio sobre a cegueira' nos EUA é criticada por federação de deficientes visuais .
Saramago disse à emissora "TSF" que os dirigentes da NFB se pronunciam sobre um filme que "infelizmente não puderam ver" e que julgam por comentários de terceiros.
- Isso não é polêmica, porque para que esta exista é preciso de interlocutores. Neste caso, trata-se de uma associação de cegos que decide ter uma opinião sobre um filme que não viu - afirmou o escritor português.

pergunto:
1) Saramago foi irônico?
2) Saramago fez uso da lógica cartesiana, tão famosa entre os portugueses?
3) Saramago foi insensível ?

Se Saramago, não fosse o grande escritor que é...eu diria que essa seria uma clássica piada de português.

2 de outubro de 2008

Aumenta o som que eles voltaram!!!

30/9/2008
Por Alan McGee Jornal Guardian Tradução: Griggio postado por Allison

Alan McGee, o cara que descobriu o Oasis no começo dos anos 90 e lhes deu o contrato do Definitely Maybe, diz: “Aos 48 anos, completos ontem, eu percebi que a única banda da gravadora Creation que ainda me chama a atenção é o Oasis. E a quem não chamaria?
A banda possui 2 dos melhores e mais conhecidos compositores do mundo, e seu novo álbum Dig Out Your Soul é realmente magnífico. É como se eles tivessem re-imaginado sua discografia e feito seu verdadeiro sucessor para o What’s the Story Morning Glory, completando a ardilosa e perfeita trilogia de Rock n Roll que começou com Definitely Maybe”.O mundo da música precisa do Oasis neste momento, uma banda com mais personalidade e bom humor do que qualquer banda britânica dos últimos 10 anos.
Através de sua história, Oasis tem capturado o espírito pop do tempo (e o meu próprio) como uma banda que combina os melhores elementos dos Beatles e do Sex Pistols e emergir como esta geração de Rolling Stones.“Melhor que o Morning Glory”, se tornou um jargão de críticos quando analisando álbuns lançados após o Morning Glory, usado em reviews em uma forma aleatória como um lance desesperado de retornar a banda a seus glamurosos velhos tempos. Mas quer saber? Dig Out Your Soul é o melhor album do Oasis desde What’s the Story Morning Glory. Fácil.Os sinais eram bons quando eu encontrei os irmãos Gallagher ano passado em Los Angeles.
Nós discutimos música e, curiosamente, Noel me disse o quanto ele gostava de Glasvegas. Eu fiquei surpreso que ele tivesse ouvido sobre eles à essa altura. A noite se deu no típico deboche do Oasis: sair com Brody Dalle e Biffy Clyro e terminar em um bar a oeste de LA com o Oasis participando de uma invasão de palco.A surreal verdadeira natureza de ser Noel Gallagher deve ser bizarra. Noel, no seu melhor, escreve música sobre puro escapismo, ambições nortistas e sobre transcender a cultura de uma classe, tudo em um rock’n'roll Technicolor. A questão é: “O que você faz quando já alcançou todos os seus sonhos?” Você volta à sua juventude e a quem você era.Dig Out Your Soul funciona por que Noel tem voltado à inspiração original de sua mocidade em suas letras. Definitely Maybe era sobre seus sonhos de rock’n'roll, o estrelismo. Morning Glory era sobre alcançar o sonho. Be Here Now foi uma espécie de overdose de cocaína sobre o estrelato. E agora Dig Out Your Soul é um elo de ligação a um ontem psicodélico, novamente. Pra mim, os últimos 5 álbuns pós-Morning Glory nunca capturaram a magia dos 2 primeiros. As músicas dos 5 últimos tiveram momentos de um pop venerável e letras incríveis, mas nunca foram uma declaração completa.
Com Dig Out Your Soul, os notórios “irmãos Oasis” encontraram sua inspiração, sua alma. Isso está de volta, sem dúvida alguma.Musicalmente, é um retorno às grandes ambições e excessos de antes, com Noel dizendo: “Mas eu meio que gosto dessa idéia extravagante! Eu gostaria de fazer um álbum absolutamente colossal, sabe? Tipo com literalmente duas orquestras e coisas assim”. Dig Out Your Soul é o Oasis em seu “estilo barroco” e as puras ambições pop de Noel encaixam perfeitamente neste lado experimental.
O álbum flui com confiança e grandes músicas.Talvez seja este 7º o seu álbum da sorte? Os Beatles e os Stones lançaram Revolver e Beggar’s Banquet respectivamente, ambos eram seu 7º album, e Dig Out Your Soul está no páreo deles em termos de músicas clássicas. Ou talvez tenha sido seu amigo Paul Weller quem inspirou Noel a voltar as costas ao Britpop e tomar uma direção mais eclética depois do “22 Dreams”? Noel Gallagher disse que Shock of the Lightning era a única música que tinha o “status de single do Oasis” enquanto o resto é totalmente desconexo do som do Oasis.
Eu adorei a decisão de não fazer o álbum disponível gratuitamente para download, como o Charlatans e o Radiohead fizeram. A decisão de liberar a melodia, as cifras e incentivar o público a tocar é a cara do Noel. Não encorajando música gratuita, mas fazendo com que as pessoas peguem suas guitarras/violões, aprendam, toquem e coloquem no YouTube. Ou formar um “exército pessoal” de músicos em Nova York para que toquem as faixas de Dig Out Your Soul - Oras, e por que não?Essas músicas são fantásticas. Da abertura de Bag It Up, com o “freaks coming out through the floor”, capturando o som uma psicose de drogas; o Buffalo Springfield raga e o bater-de-pés glamuroso de Get Off Your High Horse Lady; as vibrações de uma briga de rua em Waiting for the Rapture, o barroco psicodélico à la The Left Bank de To Be Where There’s Life; a agitação de Dear Prudence em The Turning - Dig Out Your Soul é o som de algumas das maiores bandas da Grã-Bretanha ao tocar.
Os vocais espirituosos de Liam são gemas uterinas, não mais aquele grito hooligan de antigamente, ele toca como um Elvis psicodélico, extraindo as faixas com uma comandante presença. A volta de Noel no vocal de Falling Down é uma das melhores faixas em que ele canta. É subjetiva, assombrosa, e cheia da magia pura de Noel Gallagher.Eu entendo que admitir abertamente gostar de Oasis é um convite a confrontos, mas quer saber? Ser fã de Oasis é nunca ter de dizer desculpas. E eu não vou. Termino dizendo desculpas aos imitadores do Coldplay, já que a era deles de “música pra cama molhada” acabou.
Neste país, há apenas espaço para a competição entre Glasvegas e Oasis. Se você está em uma banda e não está artisticamente competindo com os atuais gênios do rock n’ roll que são Oasis ou Glasvegas, é hora de apenas parar e sair do caminho. Este é o jeito com o qual o rock n’roll deveria ser feito no Reino Unido de hoje em dia.

assinamos em baixo Alan McGee , somente uma retificação...Coldplay também e bom pra c...