31 de janeiro de 2009

Um zumbido no ouvido do Sarko


Manifestações reúnem mais de 1 milhão na França




Milhões de pessoas saíram às ruas na França, na quinta-feira, para reivindicar maiores garantias para seus empregos e salários e também protestar contra os pacotes do governo para enfrentar a crise econômica que, na avaliação dos manifestantes, beneficiariam apenas bancos e empresas.

Segundo a polícia, as manifestações desta quinta-feira reuniram cerca de 1 milhão de pessoas em todo o país. Já os sindicatos afirmam que este número pode chegar a 2,5 milhões.

No total, cerca de 200 passeatas foram realizadas em várias cidades do país durante o dia de greve geral convocado pelos sindicatos.

Em Paris, a manifestação reuniu 300 mil pessoas, de acordo com a confederação sindical CGT. A polícia, no entanto, informou que o número de manifestantes na capital foi de 65 mil.

Foram registrados confrontos entre jovens e a polícia no encerramento das manifestações na capital francesa.

Leia mais aqui:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/090130_franca_protestos_df_cq.shtml




29 de janeiro de 2009

Ecos do FSM

Agência Carta Maior


Por que a mídia privada não consegue ver o FSM?

A mídia mercantil é um caso perdido para a compreensão do mundo contemporâneo. Não por acaso a crise atual a afeta diretamente. Não tardará para que comecem as quebras de empresa de jornalismo por aqui também. E eles serão vitimas da sua própria cegueira, aquela que lhes impede de ver os projetos do futuro da humanidade, que passeiam pelas veredas de Belém.

Mais uma vez a mídia privada não consegue ver o FSM. Os leitores que dependerem dela ficarão sem saber o que acontece aqui em Belém. Por que? O que impede uma boa cobertura, se a riqueza de idéias, a diversidade de presenças, a força dos intercâmbios – como não se encontra em lugar algum do globo – estão todos aqui? Há jornalistas, algum espaço é dedicado pela imprensa ao evento, mas o fundamental passa despercebido.

O fundamental não tem preço – diz um dos lemas melhores do FSM. Enquanto o neoliberalismo e o seu reino do mercado tentam fazer com que tudo tenha preço, tudo se venda, tudo se compre, ao estilo shoping-center, o FSM se opôs desde o seu começo a isso, opondo os direitos de todos ao privilégio de quem tem poder de compra, incrementando sempre mais as desigualdades.

Um jornalista da FSP (Força Serra Presidente) se orgulha de ter ido a todos os Foros de Davos e, consequentemente, a nenhum Forum Social Mundial. A espetacular marcha de abertura do FSM retratada com belíssimas fotos por Carta Maior, foi inviabilizada pela mídia mercantil.

A cobertura se faz com a ótica com que essa imprensa se comporta, com os óculos escuros que a impedem de ver a realidade. O FSM, como tudo, é objeto das fofocas sobre eventuais desgastes do governo Lula – a obsessão dessa mídia. Não cobrem o dia do Forum PanAmazônico, não deram uma linha sobre o Forum da Mídia Alternativa, não ouvem os palestinos, nem os africanos ou os mexicanos. Nada lhes interessa. No máximo aguardam para ver se Brad Pitt e Angelina Jolie vão vir.

Seu estilo e sua ótica está feita para Davos, para executivos, ex-ministros de economia. Lamenta a imprensa que a América Latina, a África e a China estejam tão pouco representados em Davos. Mas o que teriam a fazer por lá? Não se perguntam, nem querem saber. Seus jornalistas não são orientados senão para seguir os passos de Lula e seus ministros.

Temas como os diagnósticos da crise e as alternativas, a guerra e as alternativas de paz, as propostas de desenvolvimento sustentável – fundamentais no FSM – estão fora da pauta. Nem falar da crise da própria mídia tradicional e das propostas de construção de mídias públicas e democráticas.

A mídia mercantil é um caso perdido para a compreensão do mundo contemporâneo. Não por acaso a crise atual a afeta diretamente. Não tardará para que comecem as quebras de empresa de jornalismo por aqui também. E eles serão vitimas da sua própria cegueira, aquela que lhes impede de ver os projetos do futuro da humanidade, que passeiam pelas veredas de Belém.



http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15532

27 de janeiro de 2009

O Fim de Hollywood?


Claro que não, Hollywood não acabou nem está acabando. Mas mudanças profundas estão acontecendo lá na ensolarada Califórnia. Sempre trataram o cinema como indústria. E Hollywood como o supra-sumo desta indústria. Talvez a industria cinematográfica esteja se adequando também a época da produção flexível e descentralizada. Os grandes estúdios não mais conseguem produzir os filmes de relevância do mercado americano.

De alguns anos para cá, a grande festa da industria, o OSCAR, foi inundado por indicações de filmes que antes eram conhecidos como filmes de médio porte, ou até mesmo pequeno. Tivemos Pequena Miss Sunshine , que foi viabilizado graças a um festival alternativo como Sundance. E como não lembrar de Juno! Os grandes diretores não precisam mais de Hollywood para viabilizar seus filmes, eles o fazem através de captação de recursos externos e privados ou co-produções entre diversos países.Isso quando não possuem seus próprios estúdios, investimento facilitado graças às novas tecnologias digitais. Os estúdios, ainda presos à lógica do capital, investem na “certeza” de produções como adaptações de HQs e filmes de terror seriados como Jogos Mortais. Não controlam mais a produção dos filmes relevantes, apenas os distribuem graças a sua grande estrutura comercial.


O que sei é que para o mundo do cinema, pelo menos aquele que não se importa muito com bilheteria, Cannes ainda é o festival mais importante. Mas não deixa de ser curioso ver diretores considerados alternativos como Danny Boyle do magnífico Trainspotting e Gus Van Sant do perturbador Elefante, concorrendo a honraria máxima da indústria norte-americana.

Indicados:

Melhor filme:

"Slumdog millionaire"
"Frost/Nixon"
"O curioso caso de Benjamin Button"
"Milk - A voz da liberdade"
"The reader

Melhor diretor:

Danny Boyle - "Slumdog millionaire"
Ron Howard - "Frost/Nixon"
David Fincher - "O curioso caso de Benjamin Button"
Gus Van Sant - "Milk - A voz da liberdade"
Stephen Daldry - "The reader"

22 de janeiro de 2009

Fórum Social Mundial 2009

O Fórum Social Mundial deste ano será realizado em belém e contará com grandes pensadores engajados com os movimentos sociais na luta por um mundo diferente. Naomi Klein, Michel Löwy, Eduardo Galeano serão alguns dos nomes que estarão presentes.







Estaremos participando porque acreditamos que é hora de mostrarmos que a esquerda, independente de inclinações ideológicas diversas está viva e que o fim da história, tão proclamado pelo apóstolos do capital não ocorreu, e nesse momento, quando eles perdem força com a crise mundial, é necessário a união!






Tentaremos na próxima semana disponibilizar vídeos, entrevistas, fotos e opiniões sobre esse grande encontro!!!


Até breve!







20 de janeiro de 2009

Pessimismo da Razão, Otimismo da Vontade


Acho que agora 2009 começou pra valer. Na América do Norte George W. Bush se despede e assume o “Grande Líder” Barack Obama. No Oriente Médio, finalmente um cessar fogo das duas partes, e a retirada provisória das tropas israelense da Faixa de Gaza. E no Brasil, finalmente começou o Big Brother Brasil!

Bem, pra comentar o emocionante e imprevisível Big Brother Brasil, já existem muitas Sônias Abraão por ai. São mais qualificados do que eu no assunto.
Porém a não menos importante noticia da semana foi à retirada (provisória?) das tropas israelenses do território palestino da Faixa de Gaza. Antes tarde do que nunca.A contagem de mortos do lado palestino estaria perto de mil e duzentos, numero que com certeza ira subir após melhor análise das áreas destruídas. O que chamou minha atenção foi o perfeito timing da retirada. A poucos dias da posse de Obama, o cessar fogo é anunciado. Cada vez mais concordo com minha própria teoria da conspiração de que um dos principais motivo da ofensiva israelense seria ao mesmo tempo pressionar o novo governo de Obama assim como aproveitar os últimos dias do governo pandemônio de Bushit.
Mas a grande estrela de janeiro de 2009, e sabe lá ate quando é Barack Obama. Sua posse faz de hoje, 20 de janeiro de 2009 um dia Histórico. O povo norte-americano apostou no novo. A esperança venceu o medo (Onde já ouvi isso?). Com o Slogan de “Change”, Obama conclamou a Nação Americana, a se unir a ele em um processo de mudança (profundas ou superficiais?), que salvaria a economia americana e faria o mundo esquecer de George W Bush. Como um líder messiânico, ou como um apresentador de programa de auto-ajuda atravessou os EUA, do leste ao oeste fazendo coro de “YES, WE CAN”.
Só tenho a desejar boa sorte. Acho bonito que uma eleição, uma posse, gere tanta esperança. Com tantos sonhos de mudança. O Brasil passou por isso com a primeira eleição de Lula. Na época eu sonhava mais do que apenas um governo melhor que o antecessor, mas fazer o que? Agora que o mundo mudou de síndico, porque não esperar um pouco menos de imperialismo, de guerras e até um pouco menos de capitalismo. Seria otimismo demais? Tudo muda para continuar como está?


PS: esse artigo pode ser lido em conjunto com os artigos "Sonho Sonhado" e "O vento da mudança mais uma vez soprou" de Novembro 2009

14 de janeiro de 2009

Música Chata, Atitude Blasé e Cultura do Vazio

" È preciso ser absolutamente moderno" (Baudelaire)

O mundo explodia em 1968. O agente laranja e as bombas de napalm caíam sobre o Vietnã enquanto soldados americanos, na sua maioria negros e pobres eram enviados para uma matança desenfreada e sem sentido aos olhos da humanidade, para combater camponeses que escolheram outra via de desenvolvimento. Paralelamente o resto do mundo também explodia, porém, ao som estridente da guitarra de Hendrix, da voz apaixonada de Joplin, através da poesia profunda de Morrison e Dylan e é claro, a psicodelia magistral de Paul, John, George e Ringo. No Brasil e na América Latina, a tropicália, o cinema novo de Glauber, Chico Buarque, Milton Nascimento e todo movimento latino americano lutavam contra a opressão e a tirania das irracionais ditaduras. Em paris, em praga, na cidade do México, o confronto pela emancipação subjetiva e pelo fim do modelo disciplinar estava nas ruas. A geração Beat nos EUA. Marcuse e os intelectuais orgânicos. Sartre, Simone de Beauvoir na França de De Gaulle. Godard e a nouvelle vague. Enfim, a modernidade estava em cheque. O progresso que vinte anos antes trouxera Hitler, Mussolini, Franco, Stalin e compania e gerou mais de 20 milhões de mortos, continuava sendo uma grande ameaça para os povos e a população se manifestou. Apesar de muitos trabalhadores, agora melhores financeiramente, terem deixado a questão da luta operária para trás refugiando-se no novo modo de consumo.

Passados quarenta anos o que restou? O moderno deu lugar ao pós-moderno, sem abolir, porém, a premissa básica do primeiro, ou seja, a busca incessante pelo progresso. O mercado global tomou à frente do Estado e com isso as formas de controle tornaram-se mais sofisticadas. A moral rígida, pesada e estritamente local do estado cedeu a flexibilidade e ao relativismo do mercado financeiro. E com isso, uma grande virada paradigmática nos cerca hoje, trazendo consigo uma crise de validação discursiva, onde nada está fora, todos estamos inseridos, e como o mercado consegue aceitar e cooptar para si a afirmação e a subversão, justamente por não ter moral. Ficamos diante de um ecletismo que não se choca, convive harmonicamente e pacificamente, sem propostas, sem história, enclausurados no presente perpétuo com infinitos meios e ausência de fins.



A música contemporânea hoje carece de muitas coisas. Mas uma em especial me toca mais. Quando tinha 15 anos e ouvi pela primeira vez The Doors, rapidamente uma percepção histórica tomou conta da atmosfera formada pela evolução sonora das 10 faixas executadas. Eu pirei. Mas o mais importante para mim foi que através de uma sonoridade única, sem cópias, eu tive ferramentas para outras buscas no campo da arte e da política. Foi através deles que busquei na literatura a ficção de Huxley, o universo fantástico de Poe chegando mais profundamente nos russos, Dostoievski e Gogol e o amor pela literatura se consolidou. Na música, fui a fundo nos experimentalismos, naquilo que os havia influenciado. Cheguei ao blues, ao jazz. Cheguei ao Beatles e ao punk. Cheguei em 2000 ao Vietnã e descobri todo lado irracional do sistema. Fui buscar no cinema os filmes noir que na minha opinião combinavam com a atmosfera daquela banda, cheguei ao cinema de autor e meu amor pelo bom cinema também se consolidou. Comecei a me interessar por política. Em resumo, o que o exemplo do Doors mostra é que o sentido histórico da arte abre caminho para uma multidimensionalidade que te leva a outras buscas e infinitas descobertas. E isso falta na música de hoje. Nada é histórico, pois a lógica frenética da circulação torna tudo obsoleto rapidamente e em um mês você não lembra quem te marcou. Além disso, falta originalidade. E nessa falta de chão para criar, nessa crise do modernismo, abre-se caminho para um saudosismo, uma nostalgia que na minha opinião é inútil. Um exemplo é a cultura indie. O indie acaba sendo um neófito. Você pensa que são inteligentes, mas quando vai trocar uma idéia com o cara, percebe que por trás do ar blasé, vem um monte de imbecilidade. A onda indie é navegar na contingência do novo sem intenção de encontrar terra firme. Colecionar por colecionar. Vai da música da Noruega para a nova onda da Islândia por uma simples necessidade de diferenciação. Não tem a interação como havia em outras épocas. Se por acaso você for apaixonado por Beatles e encontrar alguém numa festa tão fanático quanto, tenho certeza que durante toda madrugada vocês falarão de Beatles, de todos os álbuns, do que os quatro de Liverpool te influenciaram, de outras bandas legais, etc... Agora, se você fala com um indie de nariz empinado sobre qualquer banda, ele já vai querer mostrar sua superioridade e mostrar que tem uma banda melhor no nordeste da Groelândia. E a conversa passa a ser uma exposição de quem sabe mais. Porra que chatice!!E a moda retrô também é um porre. É tudo pastiche. Na boa, em pleno século XXI, as pessoas tomarem a Malu Magalhães como fonte de inspiração para alguma coisa é porque algo está errado. Na boa, nada contra, mas a menina não sabe falar. Não tem nada a acrescentar em suas entrevistas, a sua música é uma má copia, ou um pastiche do Bob Dylan e ela ainda fica com aquele ar blasé de quem está conhecendo os "subversivos". Porra então vá ouvir Bob Dylan, porque esse sim é bom pra caramba e tem algo a te dizer e não essa baboseira de tchubaruba!!!

6 de janeiro de 2009

Ficção x Realidade


"matar um homem por uma ideologia não é defender uma ideologia, é somente matar um homem"(Jean Luc Godard)

FICÇÃO





REALIDADE



FICÇÃO

REALIDADE


FICÇÃO



REALIDADE
VERDADE







VERDADE
CAMPO



CONTRA-CAMPO

CAMPO




CONTRA-CAMPOCAMPO

CONTRA-CAMPO

FIM FIM



NÃO MAIS HOLOCAUSTOS!

(Dia 8/01/08 manifestação contra o massacre em gaza. Concentração as 18:00 na cinelândia)

2 de janeiro de 2009

5 meses

Exatos cinco meses atrás o “Ecos Dissonantes” entrava no ar. Ou melhor, caía na rede. Na verdade nos primeiros dias se chamava Os Dissonantes. Criar um blog era um projeto de dois grandes amigos que tem por diversão e necessidade reclamar de tudo. Um adorava a internet e estava fascinado pelo universo do blog(Thiago). O outro destemido(Guilherme) logo encorajou: “porque não criamos o nosso blog?”.O tempo foi passando, pensávamos em como seria, o que escreveríamos, qual seria o nome?

Uma sexta feira quase de madrugada Guilherme me liga dizendo:

- Olha, criei o blog, o endereço é esse, amanhã vou viajar e volto quarta. Pode mudar o que quiser.

- O que? Seu FDP! Como assim?

- Veja lá, acho que ficou maneiro.

- Ta certo então. Até quarta.

Entrei no endereço e pensei: “Puta que pariu e agora?”

O nome era o que vínhamos pensando já há algum tempo, eu gostava da coisa da dissonância. O layout é quase o mesmo.Retiramos uma imagem que tinha no fim da pagina, mudamos o modelo. A foto do astronauta permaneceu. Guilherme já tinha postado um texto, belíssimo por sinal, chamado “Começando pelo zero!”.

Rapidamente fui fuçando, tentando dominar a coisa toda do blog, blospot e etc. Comecei a visitar meus blogs preferidos em busca de inspiração. Postei um Poema bobinho só para testar. No sábado a noite veio a luz: Ecos Dissonantes! Era perfeito para o nosso propósito. Nos queríamos criticar, de tudo um pouco, mas principalmente queríamos mostrar um lado das noticias que ninguém enxerga. O Brasil é um país com uma mídia monopolista. Ora chapa branca, ora golpista. Queríamos polemizar, e desde o principio, queríamos acima de tudo debater. Para mim um blog sem comentários é um blog morto. Este não é um blog tipo diário. Nem um blog de artistas querendo se promover, apesar de alguma aspiração por parte dos autores. Queríamos aqui desde o principio, formar uma “comunidade” de debate, debater temas que achamos importante, que passamos às vezes dias remoendo, com um nó na garganta e aqui acaba por desaguar. Mas queríamos que tivesse ressonância, a mínima que fosse. Após alguns meses, acho que conseguimos. Algumas pessoas apareceram para comentar, e algumas sempre voltam. Para mim é indescritível a felicidade quando vejo um comentário. Não que eu queira ibope. Mas depois de tantos anos navegando, eu vejo que finalmente pessoas interessantes estão usando essa ferramenta para se expressarem. Até agora foram 886 visitas e 1,783 vistas de pagina(Page Views). Mas o mais gratificante são as quantidades e qualidades dos comentários que já recebemos. Pessoas como Joyce, Carlos Rafael, Janyce, Johana Petersson, Julio dos santos , pessoas que não conhecemos pessoalmente.

E amigos queridos como Mauricio, Roberto/ Sacripanta, Melina, Elis e Vanessa, que foi a primeira a comentar no Blog.

Enfim, somente temos a agradecer a vocês, espero que não tenha sido uma perda de tempo. Aguardem que 2009 tem mais. Caso queiram nos contactar, nosso email é saqueadoresdevento@gmail.com

Já ia me esquecendo, por que saqueadores de vento?. Bem, talvez um dia vocês descubram.

Grandes Comentários:

Sobre meia entrada

Janyce disse...

vc diz cultura = educação, porém, educação = mercadoria e cultura = mercadoria!

Quando o Estado é forte, a educação pública é para todos com qualidade para todos, independente da área ocupada. Logo, o acesso a educação passa a ser homogêneo e o acesso a cultura passa a ser mais democrático. Porém, quando o Estado perde espaço para o capital privado, ocorre uma hierarquização na distribuição geográfica do saber amparada pela lógica do risco que conseqüentemente afeta a cultura na relação distribuição/recepção, formando áreas em total desigualdade de recursos distribuídos com públicos privados da munição necessária para formar um amplo arcabouço cultural, decidindo sobre quais seriam suas prioridades. Isso gera conseqüências de âmbito econômico que afeta logicamente o capital cultural.
Os teatros sofrem por muitos fatores, incluindo o que já foi citado.

Joyce disse...

Exemplo: um ingresso de cinema custa 20 reais, a meia 10 reais

Tomemos uma família composta por um casal e dois filhos.
Com a meia entrada eles pagarão numa ida ao cinema 60 reais.

No caso de acabarem com a meia, eu aposto minha vida q o preço caia quase pela metade...Vai ficar no máximo 15 reais, se o anterior fosse 20...Façamos as contas:
Quatro pessoas pagando o msm preço seriam 15 x 4 = 60 reais...Seria no fim das contas a msm coisa, isso se o preço cair realmente 25%, o que tb acho difícil.
Agora entra um complicador nessa questão, que é o fato de o lazer e a indústria cultural hj serem destinadas ao público jovem. Quem paga por eles são seu pais. Logo, uma ida no cinema, no período de férias que custaria 20 reais indo somente os dois filhos custeados pelo pai, passaria a custar 30 reais. Ou seja, no fim das contas sairia mais oneroso.
É preciso pensar se no Brasil existem mais ricos ou mais pobres e ver para que lado a balança pesa mais. Acredito sinceramente que cota de meia entrada para 40% simplesmente vai promover por diversas vezes o constrangimento de muitas famílias pobres que ao chegarem na bilheteria e perceberem q a cota da meia está estourada terão q voltar pra casa frustrando o lazer de seus filhos. E tudo isso por quê? Simplesmente para empresários lucrarem mais?!

Sou totalmente contra, acho q o Estado tem a obrigação de fornecer subsídios para a cultura. Já não basta a educação pública estar sucateada por anos de neoliberalismo, agora querem imprimir a lógica da livre iniciativa para agentes econômicos hereditariamente diferentes, ou seja, tratar como iguais os que são diferentes!

Scrap Cadáver

Sacripanta disse...

Poxa, mas os ritos funerários todos são sempre para quem assiste, não para quem morre. O enterro, o pranto, a missa, é tudo uma celebração da morte, mas que quer mostrar-se para a própria vida, para as pessoas que estão assistindo e participando do ritual.

Os recados-póstumos, assim como os depoimentos, não têm como objetivo dizer algo para o morto ou para a pessoa sobre quem você depõe: eles visam dizer algo para os que conhecem o morto ou o vivo leiam.

Sonhos de consumo

melterra22 disse...

Òtimo post!!

Realmente, taí uma coisa q realmente me irrita sobre o natal - a competição dos pisca-piscas!! Sempre vence aquele vizinho q coloca a casa coberta de lampadinhas sonoras...Delícia! Sempre a perturbar seu sono com dingo bell - sino de Belém (?) sei lá o q!

(gosto da data, nada contra a esse clima amoroso q reina durante algumas horas, ao menos deixa o mundo escrotinho mais suportável durante o meio tempo - por mais q eu já tenha mandado 3 irem à putaqueopariu e desejado q uma morresse asfixiada com as frutinhas do panetone, mas enfim...tenho certeza q à 0h00 meu coração estará mais reconfortado e amoroso rs)

Desejo a todos um proveitoso consumo alimentício, e cuidado com o regurgito - consumo excessivo = desperdício!! E tem muita gente morrendo de fome no mundo!

Classe média fascista = Globo On-line (recorde de comentários)

Jeferson disse...

Catolicismo + latifundiário + rede globo + péssimo ensino básico + povo que não lê + rede globo + 20 anos de ditadura + 15 anos de neoliberalismo = esse tipo de opinião

Chay disse...

Teria milhões de coisas a comentar, mas depois de ler o post, nada é mais satisfatório do que mandá-los tomar no cu talvez. Quando eu acho que a Rede Globo já fez merda demais, eles me aparecem com isso. E ainda tem gente que apóia..

Maurício disse...

É impressionante que num país de miseráveis como o Brasil, pessoas querem fazer fortuna de qualquer jeito.
Desprovidos de qualquer incentivo, os estudantes de nosso país são obrigados a conviver com várias humilhações devido aos seus direitos terem sido conquistados através de muita luta. Agora a mais nova humilhação é o fim da meia entrada.
Para justificar os preços abusivos, os nossos empresários querem por mais uma vez a culpa nos estudantes, dando desculpa da meia entrada.
Os estudantes do nosso país não têm direitos, a uma boa educação, como agora querem de vez tirar-lhes o acesso à cultura?

Diário de Viagem - Romênia

Trick disse...

Imagino como sejam os filmes porn na romania.as gajas com as conas peludissimas, eu sairia cheio de pentelhos na boca

1 de janeiro de 2009

Tudo Muda pra Continuar como Está!



Ano novo vida nova! Será? Acho que não. Revellion, fogos, festas, abraços nos amigos, promessas enfim, tudo para tentar melhorar ou consertar o que não está bom!
Agora pensemos nas questões referentes ao mundo.
Guerra no Oriente-médio, Israel massacrando palestinos e o novo salvador da pátria, Barak Obama não fez nenhum pronunciamento. Engraçado é que quando houve atentados na Índia ele rapidamente se manifestou. Será que o mundo em 2009 vai mudar tanto assim com "bem" assumindo a Casa Branca?


É aguardar e conferir...