26 de junho de 2010

A luz vermelha do relógio segue implacavelmente marcando minuto a minuto o tempo que passa em mais uma manhã de um dia qualquer, que transcorre normalmente, com jovens deprimidos rumando para a escola ,casais acordando de uma noite de amor e trabalhadores amontoados em trens lotados. A manhã prossegue rotineira, mas eu não consigo me levantar.Meus olhos ardem a cada vez que os abro para conferir o tempo do relógio.Meu corpo dói toda vez que busco uma nova posição.A melhor é a fetal, onde permaneço agora imóvel, com os olhos semicerrados, encarando o relógio, que ao contrario de mim insiste em continuar. Meus pensamentos agora fluem contra a minha vontade. Vôo longe, penso em Dachau, em Soweto, em Gaza.,penso em trens lotados de sonâmbulos, fantasmas e almas desalmadas.A luz vermelha do relógio segue implacavelmente marcando minuto a minuto o tempo, porém o meu já expirou , não consigo me levantar.

20 de junho de 2010

Nonada

Andava por aí, de um lado para o outro como alguém perdido , porém como é comum aos perdidos não andava por aí de um lado para o outro a procura de alguma coisa.Não andava a procura de nada, pois sabia que nada estaria a altura da minha procura.

1 de junho de 2010