28 de setembro de 2009

O BOM E NUNCA VELHO ROCK´N ROLL

Resolvi finalmente aceitar o convite do amigo. Show da Cachorro Grande no Circo Voador. Vambora, afinal é rock´n roll?O vocalista não canta nada, tem mania de fazer distorção vocal e grunhidos escrotos? E daí? Afinal é rock´n roll!! Não é micareta, não é pop super produzido e manipulado muito menos aquela música da qual não podemos criticar porque não é música e sim “movimento cultural legitimo das comunidades”.

Digo uma coisa, se você for não vai se arrepender. Apesar do Circo ter se aburguesado (Ter que beber chope já é complicado e a R$ 4,50 fica demais, afinal o Circo Voador fica no Rio ou em São Paulo?), ainda é um ótimo lugar para esse tipo de show. Uma banda com grande pegada, ótima técnica e muita presença de palco.Até o vocalista fica melhor ao vivo Uma hora e meia de boa música, bom rock, com o guitarrista Marcelo Gross mostrando como se empunha uma guitarra. Ele é sem duvida a alma da banda, por varias vezes toma o front no palco para realizar solos corretos, sem grandes frescuras. Quando Gross toca a intro de Get Back , o público vai ao delírio, estão todos“bem loucos”. Tinha roda, tentativa de invasão de palco, tudo como manda o script. Os momentos de destaque ficam a meu ver por conta das músicas "Dia perfeito" talvez a melhor do repertório e “Deixa Fudê” cantada pelo baixista, uma porrada clássica, garageira, que bota todo mundo pra pular. Não posso também deixar de registrar o bis com a deliciosa "sexperienced" e a bota tudo abaixo "Você nao sabe o que perdeu".

Os chatos de plantão vão dizer que os caras são modinha, que copiam o estilo dos anos 60, que suas musicas são ingênuas, que plagiam Oasis, Beatles, Who, Rolling Stones e Led Zeppelin. Pois sim, é fácil decifrar suas influências e inspirações, o ouvido mais atento perceberá as diversas “homenagens” a essas bandas. Mas porra, que se dane, vejam as bandas que eu listei, se é pra copiar, porque não as melhores? Tocar Brit Rock em português não é fácil, eu diria até impossível, mas a Cachorro Grande tem todos os méritos por tentar, por vezes acertam em cheio.Realizam o que prometem, musica, diversão,festa e álcool muito álcool na cabeça. Mantêm o espirito do bom e velho rock ´n roll vivo. E como tem feito falta este tipo de banda aqui no balneário de São Sebastião.


Cheers







26 de setembro de 2009

Roupagem Nova Para Velhos Problemas

A crônica do Jabor sobre mais um golpe de estado na América Latina, dessa vez na pobre e pequena Honduras.

Jabor é um cínico que tenta polemizar. Os mais inteligentes sabem disso, porém, muitas pessoas o levam a sério. Eu não!

Na idade média existiam figuras caricaturadas chamadas "bobos da corte", hoje Jabor representa o que podemos chamar de o "bobo da corte pós-moderno", ou quem sabe, "O bobo da mídia". É pago para tentar polemizar usando clichês e estereótipos.

Em sua última crônica, no "Jornal da Globo" apresentado pelo direitista do William Wack, Jabor disse que existem golpes de estado com perfis totalitários mas que servem para defender regimes democráticos, agora ameaçados por outros regimes autoritários que crescem perigosamente na América Latina, utilizando-se da democracia para suspende-la através do continuismo via reeleições.


Jabor é um cínico pós-moderno, que lembra muito um político holandês, candidato por um partido ultra nacionalista de direita que disse ser um defensor da liberdade e que a holanda era um país historicamente liberal. Porém, um perigo ameaçava esse histórico de liberdade que eram os imigrantes muçulmanos, que possuíam uma cultura autoritária e que por isso era preciso expulsá-los. Isso tem um nome: cinismo.

Não é isso que temos na coluna do bobo da corte pós moderno, uma tentativa de modificar conceitos não passíveis de serem modificados?

Só para lembrar: a dama ferro, rainha do neoliberalismo ficou 17 anos no poder na Inglaterra. Uribe também quer se reeleger, Bush se reelegeu e a Rede Globo apoiou uma ditadura que durou 20 anos por aqui.

É claro que não se trata disso que Jabour falou! A história é a mesma e velha lenga-lenga latino americana: golpe de estado arquitetado pela direita conservadora, aliada aos grandes proprietários, os ricos, a igreja e o exército contra qualquer governo que tente uma política alternativa aos interesses das camadas mais altas da sociedade.

Foi assim no Brasil, na Argentina, no Chile, no Uruguai, recentemente na Venezuela uma tentativa frustrada e agora em Honduras. Basta ver que o presidente golpista nem cara de hondurenho tem.

Enfim, o desespero tomou conta da direita. Por quê? É obvio que depois de décadas de exploração desenfreada, de regimes ditatoriais e neoliberais, foram criados bolsões de misérias, moribundos famintos e carentes, pontos de fuga que precisam e querem muito assistencialismo. Chamem do que quiser, populismo, caudilhismo, novo socialismo. O que interessa é que, citando o velho lobo Zagallo: Eles vão ter que engolir! Gostem ou não!

24 de setembro de 2009

Rapidinhas

A camara dos deputados promulgou nesta semana a chamada PEC dos Vereadores em sessão conjunta do Congresso Nacional.A Emenda Constitucional 58 amplia em quase 8 mil o número de vagas de vereadores. Que beleza!!!! Pena que nem todas as profissões podem dar uma ajudinha dessas para suas categorias.

Então finalmente o Brasil vai entrar em guerra? Mas porra, logo com Honduras? Quem vai na linha de frente o PCC ou o CV? Poderiamos também mandar a young flu também pra fazer uma batalha justa. Afinal bater em bêbado é sacanagem. Uma guerra desproporcional não pegaria bem para o Brasil

E não é que o Lula tava certo! O Brasil surfou a onda que abalou o mundo econômico. Pegamos o tubo e saimos do outro lado inteiros. E agora José?

Pra que serve a ONU afinal?

sobre a "crise de Honduras" eis um ótimo artigo aqui

13 de setembro de 2009

Ressaca

"Gostaria de escrever algo como 'as grandes cabeças da minha geração', mas essa é toda uma linhagem de chatos queixosos. Encaro seus olhos e só vejo o reflexo do vazio em cada um de nós, entre óculos de aro grosso, orelhas amassadas ,sob cabelos pintados de loiro, em diários na rede, programas de auditório e sessões sofisticadas de cinema, é tudo a mesma coisa, só a repetições de padrões regurgitados e atitudes velhacas, como se nada mais houvesse ou fosse possivel fora desse nostalgia vazia" ( João Paulo Cuenca- Corpo Presente)