13 de junho de 2009

Dia dos Namorados

Antes

Não quero saber seu nome

Nem você o meu

Não percamos tempo

Beija-me

Para neste instante

Por um breve momento

Nos amarmos intensamente

No fluxo do tempo


Durante


Quando olho para você

Sinto vontade de andar de mãos dadas

Dar-lhe muitos beijinhos

Encher-te de carinho (meu benzinho!)

Tipo assim, ridiculuzinho.

Todo apaixonadinho.


Depois


Deculpe-me

Por estar nublado neste dia ensolarado

Por não gostar do seu rosto

Excessivamente simpático

Muito menos daquela musica, do Roberto Carlos


Ato Falho


Seu olhar caridoso

É a mais amarga

Reminiscência

Nesta manhã

Dolorosa.


Eterno Retorno



Não, não retornarei!

Para seu corpo lânguido

Sua boca úmida e seu

Olhar fulminante

Sentirei saudades

Mas não, não retornarei!

Ao mel de suas cavidades

Só me lembrarei do amargo

Que você deixou quando

Mais uma vez me ignorou.



Síntese


O que é o amor?

Além da utopia última do individuo

Torneira aberta do desgosto

Série interminável de encontros e desencontros

Um jogo de regras falsas

Rima de dor

Matéria prima

Da poesia.



Um comentário:

Olivia Colares disse...

Belíssimo texto!Parabéns!