Nome Próprio de Murilo Salles, ainda vem lutando bravamente por sua permanência nas salas de cinema dominada pelos arrasa quarteirões americanos. Dentre os últimos filmes brasileiros da já consagrada fase da retomada, Nome Próprio é uma pérola. O filme é baseado no romance Maquina de Pinball e escritos do blog da escritora Clarah Averbuck, além de ser claramente inspirado no clássico de John Fante, Pergunte ao Pó. O que difere este filme dos seus pares, e que ele não tenta em nenhum momento traçar um painel de determinada situação social do país, de exclusão, miséria e corrupção. Disto já se vê em excesso nos jornais. Salles faz um filme sobre as angústias e fragilidades de uma artista em formação. Camila, interpretada de forma apaixonada por Leandra Leal, tenta escrever seu primeiro livro, e sobreviver aos dramas e precariedades de sua vida, matéria prima de sua literatura, apesar de sua advertência, de que não escrevia o que vivia, e sim vivia para escrever.Os dramas, as paranóias, tudo ocorre na cabeça de Camila. Um filme subjetivo, original, de um tema pouco comum, ainda mais em um país de poucos leitores. Nome Próprio não e um filme populista. Não se espera grande sucesso comercial, porém é um filme necessário, que produz uma ruptura com a temática sertão-miséria-aridez-denúncia que marcou época, principalmente com o Cinema Novo. Murilo Salles prefere dialogar com outra face do Brasil, A face urbana e moderna.
8 de setembro de 2008
o sertão virou mar de palavras
Nome Próprio de Murilo Salles, ainda vem lutando bravamente por sua permanência nas salas de cinema dominada pelos arrasa quarteirões americanos. Dentre os últimos filmes brasileiros da já consagrada fase da retomada, Nome Próprio é uma pérola. O filme é baseado no romance Maquina de Pinball e escritos do blog da escritora Clarah Averbuck, além de ser claramente inspirado no clássico de John Fante, Pergunte ao Pó. O que difere este filme dos seus pares, e que ele não tenta em nenhum momento traçar um painel de determinada situação social do país, de exclusão, miséria e corrupção. Disto já se vê em excesso nos jornais. Salles faz um filme sobre as angústias e fragilidades de uma artista em formação. Camila, interpretada de forma apaixonada por Leandra Leal, tenta escrever seu primeiro livro, e sobreviver aos dramas e precariedades de sua vida, matéria prima de sua literatura, apesar de sua advertência, de que não escrevia o que vivia, e sim vivia para escrever.Os dramas, as paranóias, tudo ocorre na cabeça de Camila. Um filme subjetivo, original, de um tema pouco comum, ainda mais em um país de poucos leitores. Nome Próprio não e um filme populista. Não se espera grande sucesso comercial, porém é um filme necessário, que produz uma ruptura com a temática sertão-miséria-aridez-denúncia que marcou época, principalmente com o Cinema Novo. Murilo Salles prefere dialogar com outra face do Brasil, A face urbana e moderna.
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