30 de setembro de 2008

Amor

O que é o amor?
Além da utopia última do individuo
Torneira aberta do desgosto
Série interminável de encontros e desencontros
Um jogo de regras falsas
Rima de dor
Matéria prima
Da poesia.

02/05/08

post por Thiago

Um comentário:

Anônimo disse...

Por ironia, era isso q lia pouco antes de avistar o post:

"De tanto te pensar, me veio a ilusão.
A mesma ilusão
Da égua que sorve a água pensando sorver a lua.
De te pensar me deito nas aguadas
E acredito luzir e estar atada
Ao fulgor do costado de um negro cavalo de cem luas.
De te sonhar, tenho nada,
Mas acredito em mim o ouro e o mundo.
De te amar, possuída de ossos e abismos
Acredito ter carne e vadiar
Ao redor dos teus cismos. De nunca te tocar
Tocando os outros
Acredito ter mãos, acredito ter boca
Quando só tenho patas e focinho.
De muito desejar altura e eternidade
Me vem a fantasia de que Existo e Sou.
Quando sou nada: égua fantasmagórica
Sorvendo a lua n'água."

Hilda Hilst.