26 de agosto de 2009

ESTADO NACIONAL DE DIREITO OU FASCISMO DE ESTADO?

A maldita defesa da propriedade privada, não pode desgraçar ainda mais os desgraçados, não pode despejar com a ajuda da tropa de choque 800 familias na rua, sem assistência e abrigo. Ontem em São Paulo fez 14º graus, e muitas familias dormiram nas ruas. Este é o início do ciclo da violência que se fechará quando você for assaltado e morto por um jovem daqui a cinco anos.


Nesta segunda (24), terreno foi desocupado na Zona Sul de SP.
Cerca de 800 famílias perderam suas casas e houve confronto.

Do G1, em São Paulo

Na noite desta segunda-feira (24), horas depois de um confronto com a polícia no Parque Engenho Velho, região do Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo, o cenário para a desempregada Lindinalva Santos Silva, de 34 anos, era um só: escombros, móveis na rua e uma barraca de lona onde ela iria passar a noite. Um terreno do local foi desapropriado e cerca de 800 famílias perderam suas casas.

Lindinalva foi uma delas. “Estou com frio, com fome e vou dormir na rua. Não tenho aonde ir”, disse a mulher, que veio da Bahia em busca de trabalho e ergueu um barraco na região há dois anos. Após a ação de reintegração de posse, a pequena moradia foi derrubada.

“Consegui tirar a geladeira, o fogão, roupas e a TV. O resto ficou”. Apesar de se dizer “triste” com o episódio, ela garantiu que não pretende partir. “Vou ficar em São Paulo e erguer um barraco de novo”.

Por volta de 18h30, chovia e a polícia começava a deixar o bairro. A Tropa de Choque, que entrou em confronto com os moradores que resistiam em deixar o terreno ocupado, foi a primeira a sair. De acordo com o capitão Mauro César Domingos , do 37º batalhão, uma equipe de pelo menos 50 policiais militares ficaria no local até terça-feira (25) para “garantir a ordem”.

Lindinalva e outras cerca de 100 pessoas passariam a noite em um acampamento improvisado na calçada em frente ao terreno que foi desapropriado e virou um amontoado de entulho. A faxineira Flaudízia dos Santos, 41, segurava o colchão que usaria para dormir e estava molhado por causa da chuva.


“Se tivéssemos lugar melhor para viver não estaríamos aqui”, contou a mulher, que disse ter quatro filhos. “Eles vão dormir comigo. Aqui é ruim, mas vamos prevalecer (sic)”, afirmou ela, indicando que não pretende deixar o local onde mora há dois anos. Entre as “coisas melhores” que Flauzídia disse ter salvo antes que o barraco fosse demolido estão duas camas, um guarda-roupa e o colchão.

A faxineira Andréia de Jesus dos Santos afirmou que não tinha nem isso. "Minha casa agora é aqui, o que me sobrou foi isso, um colchão e uma caneca", disse ela, que tem três filhos e também dormiria na calçada.

Para a empregada doméstica Zolanda Gomes Reis, de 52 anos, o teto de lona também seria a alternativa que sobrou. “Não deu tempo de nada. Levaram tudo. A única opção é ficar aqui”. Segundo ela, os dois netos e o filho passariam a noite na casa de uma amiga.


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Um comentário:

mirror4the.sun disse...

nossa... é terrível mesmo a situação que temos no nosso país hoje... não adianta tirá-los de lá se não há outro lugar para eles ficarem,né?