Por que sempre tem uma aula chata que se propõem a discutir de forma superficial o conceito de liberdade? E o pior! Por que sempre tem aquela patricinha que diz que é livre porque pode escolher!
Ok! Para os apóstolos da liberdade, aí vai o porque do homem não ser livre hoje, não ter sido livre ontem, e não será livre a amanhã! Mesmo que isso implique no fato de ser considerado depressivo, ou revoltado ou até mesmo um potencial maluco, que invade faculdade e mate todo mundo!
Manual para Desconstruir o Argumento de uma Patricinha numa aula de filosofia!
Primeiro passo: dê uma olhada muito esnobe para a patricinha que disse que liberdade é uma questão de escolha e peça a palavra ao professor.
Segundo passo: ao começar a falar olhe novamente para a patricinha e diga: "você quer discutir liberdade em que plano? Filosófico, biológico, sociológico psicanalítico, político ou das relações humanas?"
Pronto! Debate praticamente vencido. Agora é só explicar tranquilamente!
Plano biológico: O homem enquanto ser biológico é um processo complexo de cadeias de carbono, células, etc... sobre a qual você não tem controle. Além disso, o homem representa um processo que vai do nascimento até a morte, aonde não se tem contrôle sobre escolhas essenciais como: se vai nascer são ou deficiente, quando vai morrer, se vai ser bonito ou feio, qual sexo terá ou se terá uma doença genética incurável ao longo da vida, etc...
Plano filosófico: Citando Heiddeger, você coloca que o homem é essencialmente um ser pra-morte e que a angústia do homem, provém da autoconsciência da sua finitude e da não possibilidade de escolha.
Plano Sociológico: Basta dizer, sendo curto e grosso, que a identidade é sempre codificada para algo, ou seja, o socius sempre impera sobre as escolhas dos indivíduos. Hoje, você tem seu desejos codificado para as relações fugazes do consumo e da insatisfação administrada! Além disso, Marx já nos disse que a essência humana é fruto das relações sociais! E pra fechar, cite o conceito de Habitus do Bourdieu!
Plano Político: O homem vive numa sociedade amparada por um contrato social, aonde tem que ceder parte da sua liberdade para o soberano, ou seja, agir de acordo com muitos deveres que lhes são impostos, tendo como pena em caso do não cumprimento, a suspensão total da liberdade.
Plano Econômico: As relações econômicas são sempre mediadas pelo dinheiro, que obviamente é em grande parte um femômeno geracional. Como você não escolhe aonde nasce, se por acaso, tiver a sorte de ter família rica, terá sorte de estar inserido de forma positiva no mercado de trocas. Porém, isso não quer dizer que você tenha liberdade, já que você escolhe uma coisa, e essa escolha implica numa renúncia de muitas outras. Você, além disso, na grande maioria dos casos é obrigado a vender sua força de trabalho para alguém, etc...
Plano das Relações Pessoais: Se você tem uma relação de amizade, coleguismo, ou qualquer relação de cráter positivo com alguém, já é o suficiente para a perda total da liberdade. Isso porque será criado automaticamente um compromisso ético e moral, que implica numa renúncia da liberdade, já que nesse caso, a mesma, só poderia ser realizada na indiferença. Exemplo: Você não pode ter a liberdade de sacanear a pessoa, não pode ter a liberdade de falar o que quiser pra ela, etc...
Plano Psicanalítico: Depois da surra, pra fechar com chave de outro é só perguntar: já leu Freud? Mal-estar da Civilização? Quem sabe Lacan? Já ouviu falar de pulsão? De incosciente? Quem sabe aquela frase que diz que o ego não reina absoluto na sua própria casa? Civilização = repressão? Princípio de prazer condicionado ao princípio de realidade? Ok, deixa pra lá...
Ok! Para os apóstolos da liberdade, aí vai o porque do homem não ser livre hoje, não ter sido livre ontem, e não será livre a amanhã! Mesmo que isso implique no fato de ser considerado depressivo, ou revoltado ou até mesmo um potencial maluco, que invade faculdade e mate todo mundo!
Manual para Desconstruir o Argumento de uma Patricinha numa aula de filosofia!
Primeiro passo: dê uma olhada muito esnobe para a patricinha que disse que liberdade é uma questão de escolha e peça a palavra ao professor.
Segundo passo: ao começar a falar olhe novamente para a patricinha e diga: "você quer discutir liberdade em que plano? Filosófico, biológico, sociológico psicanalítico, político ou das relações humanas?"
Pronto! Debate praticamente vencido. Agora é só explicar tranquilamente!
Plano biológico: O homem enquanto ser biológico é um processo complexo de cadeias de carbono, células, etc... sobre a qual você não tem controle. Além disso, o homem representa um processo que vai do nascimento até a morte, aonde não se tem contrôle sobre escolhas essenciais como: se vai nascer são ou deficiente, quando vai morrer, se vai ser bonito ou feio, qual sexo terá ou se terá uma doença genética incurável ao longo da vida, etc...
Plano filosófico: Citando Heiddeger, você coloca que o homem é essencialmente um ser pra-morte e que a angústia do homem, provém da autoconsciência da sua finitude e da não possibilidade de escolha.
Plano Sociológico: Basta dizer, sendo curto e grosso, que a identidade é sempre codificada para algo, ou seja, o socius sempre impera sobre as escolhas dos indivíduos. Hoje, você tem seu desejos codificado para as relações fugazes do consumo e da insatisfação administrada! Além disso, Marx já nos disse que a essência humana é fruto das relações sociais! E pra fechar, cite o conceito de Habitus do Bourdieu!
Plano Político: O homem vive numa sociedade amparada por um contrato social, aonde tem que ceder parte da sua liberdade para o soberano, ou seja, agir de acordo com muitos deveres que lhes são impostos, tendo como pena em caso do não cumprimento, a suspensão total da liberdade.
Plano Econômico: As relações econômicas são sempre mediadas pelo dinheiro, que obviamente é em grande parte um femômeno geracional. Como você não escolhe aonde nasce, se por acaso, tiver a sorte de ter família rica, terá sorte de estar inserido de forma positiva no mercado de trocas. Porém, isso não quer dizer que você tenha liberdade, já que você escolhe uma coisa, e essa escolha implica numa renúncia de muitas outras. Você, além disso, na grande maioria dos casos é obrigado a vender sua força de trabalho para alguém, etc...
Plano das Relações Pessoais: Se você tem uma relação de amizade, coleguismo, ou qualquer relação de cráter positivo com alguém, já é o suficiente para a perda total da liberdade. Isso porque será criado automaticamente um compromisso ético e moral, que implica numa renúncia da liberdade, já que nesse caso, a mesma, só poderia ser realizada na indiferença. Exemplo: Você não pode ter a liberdade de sacanear a pessoa, não pode ter a liberdade de falar o que quiser pra ela, etc...
Plano Psicanalítico: Depois da surra, pra fechar com chave de outro é só perguntar: já leu Freud? Mal-estar da Civilização? Quem sabe Lacan? Já ouviu falar de pulsão? De incosciente? Quem sabe aquela frase que diz que o ego não reina absoluto na sua própria casa? Civilização = repressão? Princípio de prazer condicionado ao princípio de realidade? Ok, deixa pra lá...
7 comentários:
?????????
acordou de mau humor?
Agora falando sério.
Eu ia dizer que este texto é pedante, mas não é. Primeiro que vc sabe do que está falando, ja discutimos isto um milhão de vezes e a questão é pertinente.
Mas obviamente que é arrogante. afinal coitada da menina, ela não tem a qualidade intelectual do vossa senhoria. Não é preciso "destruir" ninguem sem merecimento...so porque acordou com tpm.
afinal vivemos num mundo livre( rsrss) e ela tem liberdade(rsrsrsr) pra dizer a merda que quiser.
Poderia entrar neste manual tb a vertente linguistica. Afinal liberdade é apenas um conceito...representação e etc
por fim, espero que os leitores do blog entendam tamanha complexidade...tenho certeza e sao capazes...
Ah cara, eu parto do princípio de que pra se auto afirmar, tem que saber do assunto! se é pra promover uma discussão decente,tá valendo. Mas se é só pra falar sobre o direito de ir e vir, ou que tudo é uma questão de escolha, enfim..não precisa ter conhecimento filosófico, psicanalítico, político, humorístico, pra saber que esse argumento é raso e já deu..
"Ninguém é mais escravo do que aquele que se considera livre sem o ser".(Goethe)
Onde foi essa aula?
ae kika, foi na eco ufrj, numa aula para alunos de jornal!!!!
Oi, Gostei bastante
kkk
Realmente, essa é uma boa ajuda.
Ah Gui, dá um desconto: eu sou livre sim, pq uso Always com abas que controla o fluxo sanguíneo através do gel, tá? Além do mais: vai dizer que vc não se sente muito livre fazendo uma trilha na floresta da Tijuca e sentindo o ventinho de início da manhã em touch com seu rosto livre de espinhas devido ao Adstrigente Clean and Clear?
A liberdade tá aí pra todos, seja sendo usada como slogan de um produto banal, seja na mistura de estampas onde moda é ser livre e vestir o que quiser ( desde que o Ronaldo Esper não dê uma alfinetadinha).
Puta merda!
Excelente post!é por isso que sou anti social na faculdade por opção! Ai, ai...
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