7 de fevereiro de 2010

Mais do mesmo, de volta de novo

Voltei, voltamos, e voltamos diferentes. Mas não se preocupem, o velho tema “tudo muda para continuar como está”, já largamente usado nesta blog, serve também para essa ocasião. Mudamos, inclusive mudamos para poder continuar. Além de pequenos detalhes estéticos, mudamos a orientação do blog. Ao criarmos o Ecos Dissonantes, pretendíamos criticar, polemizar e principalmente pensar uma versão diferente para os fatos que eram noticiados na imprensa tradicional.Com o tempo, esse exercício de critica foi nos enfastiando, fomos perdendo o tesão com a atual pasmaceira política tanto nacional quanto internacional. Decidimos então nos dedicarmos mais a nossa vocação. Decidimos oficializar o que na verdade já víamos fazendo, vamos priorizar os assuntos da cultura, da arte. A intenção é exprimir nossas opiniões e também compartilhar nossos gostos e influências.

Por exemplo, não falaríamos da ridícula reação de setores da nossa sociedade brasileira, contra o Plano Nacional de Direitos Humanos, que dentre outras coisas, previa a descriminalização (é diferente de legalização minha gente!) do aborto, a retirada de símbolos religiosos (crucifixos, imagens santas e etc) de organismos oficiais da República Brasileira, como o Senado e o Supremo Tribunal de Justiça, afinal o Estado não é laico?E também não comentaríamos o que se chamou de “atentado contra a democracia brasileira”, que era a proposta de abrir os arquivos da ditadura militar, e investigar os possíveis casos de tortura. Acreditam os críticos dessa medida, que duas ditaduras em menos de 40 anos, que utilizavam a tortura como pratica de Estado, nada mais foi do que a defesa da democracia. Pra que comentar isso não é?

Não falaríamos também do caos do transporte público no Rio de Janeiro, da incompetência das autoridades em resolver os problemas e da curiosa questão que a Supervia não tem um dono, mas sim um grupo de acionários que não dão as caras. Alías o atual presidente da ALERJ , Jorge Picciani já mandou avisar que vai barrar qualquer tentativa de abertura de uma CPI dos transportes, pois segundo ele isso prejudicaria a imagem no Rio de Janeiro, no que diz respeito as Olimpíadas de 2016. Pra que comentar isso não é?

Fiquemos então com a cultura, lugar onde as coisas parecem ter mais sentido. E primeiro gostaria de lamentar a morte nesse inicio do ano de dois gigantes das artes. Erich Rhomer (1920-2010), um dos gênios do cinema, um dos grandes nomes da Nouvelle Vague, um mestre dos diálogos. Quem também deixou esse mundo foi Jerome David Salinger (1919-2010), autor do clássico livro, O Apanhador no Campo de Centeio, que colocou a figura do adolescente e seus dramas pela primeira vez como protagonista em uma história. Descortinando a nova configuração social do mundo naquele pós-guerra. Salinger é o autor mais influente do mundo desde então.

Um comentário:

Olivia Colares disse...

Seja bem vindo de volta!
=D
@olivia_colares